quinta-feira, outubro 26, 2006

A 3 dias das eleições.

Sobre Lula

* Vencerá pq é o candidato mais preparado, fez um bom governo, apesar de muitos pontos negativos.

* Provou mais uma vez o alcance q tem junto ao povo.

* Provou tb q ética não ganha a eleição. Foi assim com FHC e está sendo assim com ele.

* Sabe (ou ao menos deveria saber) que agora é hora do salto, hora de mostrar o "espetáculo do crescimento".. que tanto propagou.

* Sabe que seu principal erro foi não colocar pessoas preparadas em cada função do estado. Governou com amigos, governou com aliados. Veremos se abrirá mão disso pelo bem do país.

*A meu ver; tem pela frente um governo mais fácil do q o anterior, pois será mais fácil compor maioria e acredito q até o PSDB será uma oposição menos ferrenha do q foi.

Sobre o PT

* Lula é seu último candidato presidenciável. Em 2010, não haverá Lula e tb não existe no partido candidato à altura, ou seja; provavelmente 2010 será ano de apoiar alguém. Será o PT suficientemente inteligente e humilde para fazê-lo?

* Depois de todo o racha e toda a merda no ventilador, agora é chegada a hora de mostrar realmente a que veio. Despido de sua outrora suposta aura de pureza e honestidade, o PT tem a dura missão de se limpar e tornar-se um partido confiável de novo.

* Provou que ainda é um dos mais fortes partidos do país, apesar de todos os escândalos de corrupção dos últimos anos.

* Terá de mostrar se está aberto ao diálogo pelo bem do país.

Sobre Alckmin

* Sai fortalecido da disputa, pois conseguiu uma grande vitória ao levar a eleição ao segundo turno.

* Não está preparado para ser presidente, quem sabe 2010 não será seu ano?

* Errou no tom da campanha, preferindo bater sempre nas mesmas teclas. Curiosamente, fez o q o PT fez em 1998; bateu na tecla da ética em contraponto ao governo q mostra obras. O PT em 1998 tb perdeu.

* Terá uma árdua batalha se quiser ser presidente em 2010, visto que FHC, Serra e Aécio tb são nomes fortes na sucessão.

* Veremos qual será o seu comportamento agora, sem mandato e com um nome plantado no cenário nacional.

Sobre o PSDB

* Provou que não sabe ser oposição, tanto quanto o PT não soube (não só pela eleição, mas pelos 4 anos na oposição).

* Terá uma dura disputa pelo poder dentro do partido, em especial qdo se tratar do presidenciável em 2010. Tudo leva a crer que a disputa será entre Serra e Aécio, mas Alckmin sai fortalecido e FHC tb anda botando as mangas de fora.

* Tentou empurrar goela abaixo do eleitor o fato de que o PT é o partido mais corrupto do país, mas não conseguiu, pelo simples fato de que o povo pode ser ignorante, mas não é burro.

* Acredito que se não houver grandes mudanças, deve eleger o próximo presidente.

* Terá de mostrar se está aberto ao diálogo pelo bem do país.

Sobre o Brasil

* Espera para ver grandes programas sociais avançarem mais ainda, mas sem se tornarem puro assistencialismo. É preciso criar bases para que esses programas sejam usados apenas enquanto necessário.

* Espera pelo crescimento.

* Espera pelas reformas, principalmente a Tributária e a Política.

* Espera por uma mídia mais honesta e ciente de suas responsabilidades (pois mídia imparcial não existe).

bom.. consegui espremer essas palavras, apesar de não estar com muito saco pra escrever. Admito q poderia sair melhor.. rsrs.

quarta-feira, outubro 18, 2006

De onde vem o Dinheiro?? E as Fotos?

13/10/2006 14:47

O fato e a foto do dinheiro

Todo o esforço da mídia para evitar que os eleitores soubessem como surgiu a foto do dinheiro, destinado ao pagamento do celebérrimo dossiê, malogra redondamente nesta sexta. Graças à reportagem de capa de CartaCapital, que está nas bancas de São Paulo desde o meio-dia.

O enredo começa na sexta, 15 de setembro, quando foram presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos. Os jornalistas chegam ao prédio da PF e encontram no local as equipes de Geraldo Alckmin e José Serra. As quais contam, fácil deduzir, com solertes informantes dentro da polícia. Mas o herói do entrecho surge na ribalta catorze dias depois, véspera da eleição. É o delegado Edmilson Pereira Bruno. Carrega as imagens do dinheiro, que ele mesmo fotografou com sua máquina. Pacotes de notas sabiamente empilhados, com esmero de artistas do still. Diz, peremptório: “Tem de sair no Jornal Nacional”. Cercam-no quatro repórteres. Da Folha, do Estado, de O Globo e da Jovem Pan. Gravam a conversa. Edmilson recomenda: levem as fotos mas esqueçam o que eu disse, vou enganar os meus superiores, contarei que fui roubado por vocês, sabem como são os jornalistas...

Os pedigueiros da informação topam e entregam as gravações aos chefes, que as enfurnam nas gavetas mais próximas. Caluda! O pedido do delegado é atendido pela Globo, no ambicionado JN. As fotos explodem ao vídeo enquanto uma voz soturna, fora do campo, lhes ilustra a serventia. Sabemos que, em grande parte, devemos a eles o segundo turno.

A Globo chega ao requinte de antecipar a exibição à noticia do desastre do avião da Gol, já no ar em outras emissoras.

13/10/2006 18:26

1989

A reportagem de CartaCapital, nas bancas paulistanas desde o meio-dia de hoje, traz imediatamente à memória a lembrança dos lances finais da campanha do segundo turno de 1989. Primeiro, veio à tona a história da menina Lurian, que a mídia contou qual fosse pecado mortal a aventura amorosa de um viúvo. Depois aconteceu a manipulação do debate de encerramento, comandada pessoalmente por Roberto Marinho. Os donos do poder estavam então dispostos a agarrar em fio desencapado, no caso o outsider Fernando Collor. A trama atual tem sabor igual, é mais sutíl, porém. Mais velhaca.

16/10/2006 11:39

A mídia e o poder

Sempre e sempre, a mídia nativa serviu o poder, salvo raras e honrosas exceções. Faz sentido, ela é uma das faces do próprio.

Nunca, no entanto, a não ser há mais de quatro décadas, na preparação do golpe de 1964, e na campanha de 1989 a favor do caçador de marajás, a mídia nativa assumiu de forma tão desbragada o papel de partido político. Já disse neste espaço, e volto a repetir: só falta convocar a Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

A desfaçatez, a hipocrisia, a má fé estão a ser exibidas em triunfo. A reportagem de capa da Veja desta semana, sobre os pretensos esforços do ministro Marcio Thomaz Bastos para “blindar” Lula no caso dossiê, é uma aula de jornalismo às avessas. Aliás, este verbo, blindar, deveria ser banido das redações, como inúmeros outros vocábulos esbanjados ao longo de textos penosamente primários, todos eles representativos do lugar comum.

A mídia nativa venera o lugar comum. Observe-se que a reportagem da Veja justifica a reunião urgente das lideranças tucanas, prontas a uma investigação sobre o assunto, embora ali não haja uma única escassa prova de opiniões apresentadas como sacrossanta verdade. Quem sabe jornalistas e políticos do PSDB estejam em perfeita sintonia. Assim como o tucanato conta com solertes informantes dentro da Polícia Federal. De outra maneira, como explicar que as equipes de Alckmin e Serra tenham chegado ao prédio da PF antes dos jornalistas, dia 15 de setembro, quando foram presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos?

Não se trata de tomar o partido de Lula, ou de minimizar a gravidade do dossiê, trapalhada de puríssima marca petista. Mas, cadê os paladinos de verdade, os perdigueiros da informação isenta?

Textos Publicados no Blog de Mino Carta.
http://www.cartacapital.com.br/blogdomino/

terça-feira, outubro 17, 2006

Back to Basics

Em plena neoparanóia nuclear. Enquanto as ruas de Seoul são tomadas de cidadãos correndo para seus postos; treinando para um eventual ataque nuclear vindo da Coréia do Norte. Decidi fazer uma das coisas q mais gosto de fazer, resenhar discos.

E começo com dois q são perfeitos para se escutar em caso de ataque nuclear.


Slayer - Christ Illusion (2006)
Não importa de que parte do mundo vc vem, uma coisa vc tem de se acostumar: Slayer é Slayer. Não tem frescurinha, conversinha, não tem afago, cafuné, selinho, nada disso. O negócio do Slayer é PORRADA, é arregaçar com tudo.
Christ Ilussion mostra q os caras, mesmo após quase 25 anos de carreira continuam pegando mais pesado do q nunca. Destaque para "Jihad", cuja letra conta um ataque terrorista... da perspectiva do terrorista. Isso sem contar a capa, que pra variar já foi proibida nos EUA e em grande parte da Europa.
Nota: 8,0
Satyricon - Now, Diabolical (2006)

Eu já passei da adolescência faz um bom tempo. Já por isso mesmo hj eu só curto um disco novo se ele realmente é bom. E esse do Satyricon é muito bom.

Eu procurei os outros discos dos caras, e todos são uma bosta. O Satyricon é uma dupla norueguesa, q tinha aquelas manias de pintar a cara de branco e preto e se vestir feito um gay gótico, coisa de moleque.

Mas nesse disco, o som amadureceu. Destaque pra 3 sons arregaçantes: a faixa-título, K.I.N.G e The Pentagram Burns (é claro q querer o amadurecimento das letras tb seria demais).
Nota: 7,0

terça-feira, outubro 10, 2006

Em homenagem ao deprimente teste nuclear Norte-Coreano.

Search and Destroy

I'm a street walking cheater with a hand full of napalm
I'm a runaway son of a nuclear A-bomb
I am the world's forgotten boy
The one who searches and destroys

Honey gotta help me please
Somebody gotta save my soul
Baby, detonate for me

Look out honey, 'cause mutant technology
Ain't got time to make no apology
Solar radiation in the dead of night
Love in the middle of a fire fight

Honey gotta strike a plan
Somebody gotta save my soul
Baby, tell em, take my mind

I am the world's forgotten boy
The one who's searchin', searchin' to destroy
And honey I'm the world's forgotten boy
The one who's searchin' only to destroy

ook out honey, 'cause mutant technology
Ain't got time to make no apology
Solar radiation in the dead of night
Love in the middle of a fire fight

Honey gotta strike a plan
Somebody gotta save my soul
Baby, tell em, take my mind

I am the world's forgotten boy
The one who's searchin', searchin' to destroy
And honey I'm the world's forgotten boy
The one who's searchin', searchin' to destroy
Forgotten boy, forgotten boy
Forgotten boy said hey forgotten boy

Decidi novamente publicar essa letra pq, após as notícias sobre o deprimente teste nuclear Sul-Coreano, me senti novamente em 1968.

Novamente o temor e a paranóia nuclear.

Novamente os outros problemas da humanidade são deixados de lado em nome da guerra.

segunda-feira, outubro 09, 2006

O 1º Round: Chuchu Alckmin x Lula Arroz com brócolis

* Alckmin não tem a exata dimensão do que é governar um país do tamanho do Brasil. Isso ficou bem claro ontem. Governar o Brasil não é igual a ser prefeito de Carapicuiba (ou sei lá de q raio ele saiu).
* Mais uma vez ficou provado q Lula é CRAQUE em debates. Tá difícil aparecer candidato capaz de ganhar um debate dele.
* É claro q eleitores de Alckmin acham q ele "ganhou" o debate. Muitos não conseguem ver o quanto ele foi pobre, o quanto foi treinado para repetir as mesmas coisas q falou a campanha inteira. Eu, sinceramente esperava mais dele.
* Lula não respondeu e nem vai responder a respeito de todos os atos de corrupção q aconteceram em seu governo, simplesmente porque não há o q dizer. Eu esperaria de um grande homem a confissão de seus erros, mas ele está numa campanha e não pode fazer isso.
* Alckmin continua achando (como tudo q o PSDB diz) q os problemas do Brasil se reduzem a corte de gastos, aperto de cinto, gastar melhor o dinheiro, racionalizar gastos. Com a sua super calculadorinha e sua cadernetinha ele realmente acha q vai resolver os problemas do país. Muito pobre isso.
* Lula, apesar de tudo q aconteceu nos últimos 4 anos com o PT; ainda é sem sombra de dúvida a melhor alternativa. Seu governo em 4 anos foi BEM melhor do q os 9 anos de FHC (contando tb o período como Ministro de Itamar), infelizmente o PSDB e Alckmin não conseguem aceitar isso. E na minha opinião, esse é um dos pontos fracos da campanha do Chuchu.

E aí fica aquela papagaiada, gente achando q debate é quebrar as pernas do outro, é dar "aquela" resposta, chamar de corno, xingar a mãe, partir pra porrada e etc.

Mas o principal poucas pessoas realmente vêem (e é preciso ser imparcial):

Alckmin mostrou-se despreparado, para a surpresa de muita gente (inclusive eu). Apareceu com um discurso que parecia decoradinho, estava por vezes parecendo um papagaio.

Lula, é claro esquivando-se de perguntas sobre os escândalos de seu governo. Mas "ganhou" o debate, e ganhou com folga. Afinal de contas, não existe um só político no Brasil com mais experiência em Debates com essa magnitude do q ele.

Além disso, mostrou ter a exata dimensão do q é governar um país do tamanho, com as diferenças, com a desigualdade e com os déficit´s do Brasil. E isso conta MUITO.

quarta-feira, outubro 04, 2006

O Direito ao Foda-se


(Por Millor Fernandes)

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala.

Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?

O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas.

Me liberta.

"Não quer sair comigo? Não? Então foda-se!".

"Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituiçao Federal.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.


É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Portugues Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Prá caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Prá caralho"?

"Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Prá caralho, o Sol é quente Prá caralho, o universo é antigo Prá caralho, eu gosto de cerveja Prá caralho, entende?

No gênero do "Prá caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negaçao, está o famoso "Nem fodendo!"

O "Não, não e não!" é tampouco nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto.

Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.

Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro prá ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Danielzinho, presta atençao, filho querido, NEM FODENDO!".

O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.

Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".

O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior.

É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.


Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!".

Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!".

Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima.

Desabotoe a camisa e saia na rua, vento batendo na face, olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!".

Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar:

O que você fala? "Fodeu de vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!


Meu comentário: G-E-N-I-A-L.