segunda-feira, dezembro 25, 2006

VÊNUS PERDE O LAQUÊ

A tecnologia e a concorrência ameaçam o império da Rede Globo.
Por Paulo Henrique Amorim

O Boni está feliz da vida e trabalha na rua Lopes Quintas, Jardim Botânico, Rio. É onde fica a Vênus Platinada.
Continua a trabalhar, porque a Globo não mudou nada, depois que ele deixou o comando da empresa. Na Globo, não existe “DB”, depois do Boni. A Globo continua na era do Boni.

Nas finanças, a Globo está ótima. Levantou a concordata de 2002, quando deu o calote numa dívida de 1,1 bilhão de dólares. A Globo acreditou em FHC e achou que o real valia um dólar. Endividou-se em dólares e... (Interessante que, à exceção de CartaCapital, não me lembro de outro órgão de imprensa que noticiasse a concordata da Globo.) Em abril deste ano, a Globo lançou perpetual bonds no mercado financeiro internacional no valor de 325 milhões de dólares, com juros de 9,375% ao ano. O lançamento era de 250 milhões de dólares, mas a procura foi tanta que a oferta teve de crescer 30%.

A recuperação financeira deve explicar a “nova independência” da Globo, exposta de forma exuberante na eleição de 2006, quando o Jornal Nacional levou a eleição para o segundo turno, como demonstrou, nesta CartaCapital, reportagem exemplar de Raimundo Rodrigues Pereira. Porém, nem tudo são rosas.

O ano de 2006 demonstrou também que a Globo passou a enfrentar um ambiente político e empresarial mais hostil. (E antes de prosseguir, é bom lembrar que trabalho na TV Record, como repórter e apresentador do programa Domingo Espetacular. Com muito orgulho.)

Vejamos:

• Pela primeira vez, desde que se tornou a Vênus Platinada, nos anos militares, a Globo passou a enfrentar, em 2006, um concorrente que tem grana. A Record.

• Pela primeira vez, a Globo enfrenta um concorrente que entrou de sola no filé mignon da tevê brasileira: o mercado de novelas, onde está 25% do faturamento da Globo. O concorrente é a Record.

• A Globo é como aquele campeão peso pesado, que ganhou peso, só enfrentava sparrings e há 15 anos luta do mesmo jeito. E por isso é vulnerável, nesse combate contra um jovem que tem grana no bolso.

• A Globo não tem mais tempo de “go global”. A certa altura, ela tentou ir para a Itália, mas, como me disse, um dia, Bettino Craxi, antes de uma entrevista em Nova York: “Mas, como? Eles resolveram enfrentar o Silvio (Berlusconi), logo o Silvio?” E a Globo deu com os burros n’água.

A Globo deveria ter sido uma forte vendedora no mercado de novelas e jornalismo nos países de língua portuguesa e espanhola fora do Brasil, sobretudo nos Estados Unidos. Oitenta por cento das receitas da Globo saem da publicidade. A participação da televisão no bolo publicitário brasileiro (um total estimado de 18 bilhões de reais, em 2006) está em 60% há dez anos. Ou seja, o Brasil ficou pequeno para a Globo. Porque, com os custos fixos que tem – por exemplo, ela tem 475 contratos de exclusividade, de longo prazo, com artistas e pessoal ligado à produção de conteúdo* – a Globo teria de amortizar uma parte disso no exterior.

Porém, a Globo ficou imprensada na província, entre as palmeiras do Jardim Botânico e o Sumaré, e não viu a banda passar. Quem viu foram os mexicanos, os venezuelanos, colombianos e os americanos.

Hoje, a Globo não é mais a primeira em audiência no público que fala português fora do Brasil. É a Record Internacional. Uma vez, sugeri a Walter Zagari, diretor-comercial da Record, o slogan: “No mundo já somos os primeiros. Só falta o Brasil”. A sugestão não foi aceita...

• A Globo também não tem mais como impedir o crescimento de concorrentes no próprio mercado de televisão. Por exemplo, ao longo de 16 anos, a Globo conseguiu conter o crescimento do mercado de tevê por assinatura. Ela sentou em cima do mercado, tomou conta dele e não deixou que competisse com a tevê aberta – ou seja, com a Rede Globo.

Não queria que a tevê por assinatura canibalizasse a Rede Globo. O Brasil é o país ideal para a tevê por assinatura, por causa da alta urbanização. Com um buraco no chão, você atingiria uma infinidade de domicílios. (É só ver a penetração da tevê por assinatura em Buenos Aires.) A hegemonia da Globo fez com que, 16 anos depois, a penetração da tevê por assinatura no Brasil fosse de 8% do mercado.

A vítima foi a produção independente no Brasil. Não é à toa que o cinema brasileiro é o que é; a dramaturgia brasileira é o que é... Por causa desse trancamento da produção independente – e da cumplicidade dos governantes brasileiros –, é possível à Globo produzir, ela própria, 88% do conteúdo do horário nobre.

É bom lembrar que, em Hollywood, 50% dos empregos são de pessoas que trabalham em produções independentes para as emissoras de tevê: seriados, soap-operas, sit-coms etc. Com a eleição de 2006, porém, isso (a cumplicidade dos governantes) pode mudar. O ambiente político mudou.

A Globo não depende mais do governo como dependia antes. E dependeria muito, se o BNDES tivesse conseguido concluir, no governo FHC, uma operação de salvamento da Globo por conta de “um futuro aumento de capital”. Era um negócio tão bom que Roberto Civita, em entrevista que meu deu, quando eu trabalhava na TV Cultura, proclamou: “Assim, eu também quero”.

Aliás, ao inaugurar o Projac, FHC disse: “Eu tenho orgulho da Globo. Eu tenho orgulho do Brasil”. Nessa ordem. O ministro José Dirceu bem que tentou, no programa Roda Viva, ao comparar a Globo à Varig, arrumar uma grana para a Globo. Mas não conseguiu. A Globo foi à luta e resolveu a reestruturação de sua dívida no mercado financeiro internacional. Melhor para ela e melhor para o Brasil.

Porque o governo Lula também não deve nada à Globo. Ao contrário: o golpe do segundo turno ficou atravessado na garganta do governo. ·Também o ambiente institucional, regulatório, se tornou mais escorregadio para a Globo. Até agora, a Globo conseguiu, como demonstra o professor Murilo Ramos, da Universidade de Brasília, fazer com que o setor de radiodifusão fosse “o mais irregulado” do Brasil. Vale o que a Globo quer. Ou queria.

A começar pelo fato de o ministro das Comunicações não mandar mais. Pela primeira vez na Nova República, que começou com Antonio Carlos Magalhães no Ministério das Comunicações, o atual ministro das Comunicações, Hélio Costa (que, como eu, chefiou o escritório da Globo em Nova York), não manda sozinho no pedaço. Quem manda mesmo é a chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Foi ela quem decidiu que o sistema da tevê digital seria o japonês. Se foi por causa da Globo, tenho as minhas dúvidas...

É exatamente esse ambiente “irregulado” que agora pode se virar contra a Globo. No saco de gatos que a Globo montou nem ela manda mais. Como é que a Globo vai evitar que a Telefônica tenha uma tevê por assinatura? E a Brasil Telecom, que fatura num trimestre o que a Globo fatura no ano? (Aliás, é bom lembrar que tenho – com muito orgulho – um site no iG, empresa controlada pela Brasil Telecom). E se a Brasil Telecom comprar uma tevê por assinatura? A Globo vai cobrir os céus do Brasil e desligar o transponder?

Vejam que situação interessante, que me relatou um amigo que entende disso mais do que eu. John Malone, da Liberty Media, e Rupert Murdoch, da News Corp, decidiram que um vai sair da empresa do outro. Malone vende a Murdoch as ações que tem na News Corp. E Murdoch vende a Malone as ações que tem na Liberty Media – e sai da DirecTV. Malone fica com a DirecTV. Só que Malone não gosta de investir fora dos Estados Unidos. E pode querer vender a DirecTV, que opera na América Latina, a uma tele que opere no Brasil. Como é que fica? A Globo vai impedir que o John Malone, que mora na Califórnia, venda a DirecTV à Telefônica, que fica em Madri? Nem com a ajuda do Ricardo Teixeira e da Fifa.

E aqui entramos no interessante capítulo das novas mídias e da democratização da mídia. A assim chamada “mídia convencional” nunca mais será a mesma.

A internet já é mais lida que os jornais, no Brasil. Não é preciso dizer que a receita publicitária dos jornais e revistas está em queda. Revistas: tinham 8,8% do total do mercado publicitário em 1996, e está em 8,6% este ano. A dos jornais desabou (o que explica, em parte, a fúria antigovernista deles): era de 25,6% em 1996, e passou para 15,7% do bolo publicitário em 2006. Queda de 10% em dez anos. Ou seja, é mais promissor produzir aço em Pittsburgh, automóveis em Detroit e chapéu-coco em Londres do que produzir jornais no Brasil. Outro dia, num seminário na Cásper Líbero, imaginei a primeira cerimônia luddista do século XXI: João Roberto Marinho, Roberto Civita, Otavio Frias Filho e Ruy Mesquita, no salão nobre da Fiesp, debaixo do busto do Conde Matarazzo, fazem uma fogueira para queimar os computadores de cem dólares do Nicholas Negroponte. É porque a democratização da mídia vai se dar na Casas Bahia. O governo Lula levou o computador à classe C. Com a “MP do Bem”, o acesso ao crédito (especialmente ao crédito consignado) e a massificação do cartão de crédito, inclusive na classe C, o consumo de computador começa a se democratizar. As vendas de computador vão subir 47% em 2006. Serão vendidos 9 milhões de unidades. Metade disso foi consumida pelas classes C e D. Só o “computador para todos”, que o governo lançou por 1.400 reais, vendeu 380 mil unidades nos nove primeiros meses do ano. Computador significa internet. O brasileiro fica 20h30 por mês na internet, 37 milhões de brasileiros acessam a internet. São os campeões do mundo. O comércio eletrônico vai bater o recorde em 2006. Vamos falar agora de outro formato de computador: o celular. No mesmo seminário na Cásper Líbero, Caio Túlio Costa, presidente do iG, lembrou que a derrota de Aznar e a eleição de Zapatero, na Espanha, em 2004, devem muito à infinidade de SMS que desmentiram a versão da tevê estatal de que o atentado ao metrô de Madri era obra do ETA, e não da Al-Qaeda, como depois se comprovou. Além de mandar mensagens com a rapidez de um torpedo, o celular passou a baixar e-mails e dar acesso à internet, lembra o relatório de dezembro de 2006 da ITU, a International Telecommunication Union:

“Um em cada três seres humanos no planeta tem celular. E cada vez mais os celulares estarão equipados com câmeras digitais e capacidade para tocar música. Ou seja, o celular começa a se parecer mais com um computador do que com um telefone.” No Brasil, a penetração do celular foi espantosa: hoje, há 100 milhões de celulares no País. E 60% dos donos de celular enviam e recebem mensagens de texto, torpedos. Com a massificação do celular, a democratização do “computador no celular” de que fala o relatório da ITU será um passo. Como é que a Globo quer impedir a democratização da mídia? Através da treva tecnológica?

Esteve em tramitação no Congresso uma PEC do senador Maguito Vilela (PMDB-GO), que pretendia exatamente isso: devolver o Brasil à Idade da Pedra. Ou seja, que “o provimento de conteúdo” – em todas as mídias, inclusive no celular – só possa ser feito de acordo com a lei atual de radiodifusão – aquela que interessa à Globo. A nacionalização completa do conteúdo, de preferência por nacionais do Jardim Botânico, quer dizer, do Projac. (Corre também de forma acelerada um projeto de lei do deputado Luiz Piahylino, não reeleito, com substitutivo de Nelson Marquezelli – PTB-SP –, com a mesma inspiração tenebrosa.) Eu imaginei submeter, humildemente, ao senador Evandro Guimarães, ou melhor, Maguito Vilela as seguintes perguntas:

• Se a minha sogra argentina tirar uma foto do Pão de Açúcar com o celular e enviar por e-mail para a minha filha que está em Fortaleza, pode?

• Se o meu sobrinho baixar o último disco do Bob Dylan no iPod, ele pode ouvir sentado no McDonald’s da avenida Henrique Schaumann? Ou tem de ser no Habib’s?

• Se um turista tailandês usar uma camereta e filmar um engarrafamento na Marginal do Tietê, postar no YouTube e eu assistir no meu notebook quando estiver em Caruaru, pode?

• O senhor não vai deixar entrar no Brasil a Internet Protocol Television (IPTV), que na Coréia do Sul e em Hong Kong é uma brincadeira de criança? Ou seja, assistir à tevê, na telinha do celular, pode?

• O Mino Carta, em Gênova, pode fazer um post em seu blog, no iG, sobre a excelência do vinho espanhol? Ou só pode se for sobre o Miolo?

• Jamais teremos a digital wallet, a carteira digital, que a Nippon Telegraph and Telephone começou a distribuir no Japão? É um celular com as características de um cartão de crédito. Você compra o que quiser... com o celular. Pode, senador?

• Ou é melhor transferir o iG para Ciudad del Leste e começar a postar as minhas enquetes e os meus vídeos de lá. Senador, o senhor pretende construir um Muro da Treva, na Ponte da Amizade, com o logo da Globo, em cima, todo iluminado de azul?

Finalmente, senador, qual o seu tipo inesquecível, dentre esses amigos inseparáveis da democratização da informação?
( ) Pol Pot
( ) Fidel Castro
( ) Kim Jong-il

==================================================

*** Gostaria de saber aonde estão os rapazes tão inteligentes, que tanto me insultaram qdo eu comentei o óbvio: a GLOBO nunca esteve com o PT, pelo contrário, sempre esteve atrelada ao PSDB, e mais do q isso; trabalhou abertamente e criminosamente (assim como 90% da mídia) contra o PT nas últimas eleições. Só não viu quem não quis...

As denúncias do repórter Rodrigo Vianna sobre a cobertura nas eleições não foram as primeiras. Mas vcs, imbecis q só entendem o q é falado nos corredores da FGV, ou nas páginas da veja; chegaram até a me insultar aki.

Bem... está provado (DE NOVO) que eu sei do q estou falando. E que do meu país eu entendo um pouco. Agora voltem lá para as páginas da Veja e aprimorem as suas "verdades".

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Fragmentos na vida de um Homem

NOVENTA E UM POR CENTO DE AUMENTO

Sim, 91%. Como é bom poder aumentar seu próprio salário o quanto quiser né? E o melhor de tudo isso não é só o aumento. É o “auxílio-moradia” de 50 mil reais, é o “auxílio combustível” de 10 mil, mais os 50 mil de verba de gabinete.

Ou seja, é uma festa, uma maravilha, uma beleza ser parlamentar. Ganha-se tanto dinheiro que nem ao menos se sabe onde gastar. Isso oficialmente, fora o q se ganha “por fora”. Sempre foi assim, ingênuos ou burros aqueles q pensam que isso só acontece hj.

Antes era muito pior, não existiam pressões populares, leis de concorrências publicas, leis de responsabilidade fiscal, leis de fidelidade partidária, opinião pública fortemente organizada (como ainda não temos muito hoje). Então a corrupção era aberta, deslavada; e nada chegava aos ouvidos da população.

Que bom que as pressões populares deram resultado e essa vergonha chamada Câmara dos Deputados de Senadores voltou atrás.

Isso só serviu para provar (de novo) que eleger-se Deputado ou Senador no Brasil nada tem a ver com ajudar a melhora do país, ou votar pelos interesses do povo, ou ainda colaborar com um projeto de desenvolvimento. O que importa é apenas o favorecimento pessoal e de suas “bancadas”.

Deixo uma pergunta no ar... Com o baluarte da honestidade Geraldo Alckmin seria diferente?

Say Anything...

Nunca tinha visto esse filme do Cameron Crowe. Parece um dos primeiros, com John Cusack atuando muito bem. Apesar dos adjetivos que se pode dar, do tipo “comédia romântica” ou “drama adolescente”, Say Anything é bem mais do q isso. Ótimo filme.

Return to the Cookie Mountain

O disco do TV on the Radio vem sendo aclamado no mundo todo como o melhor lançamento de 2006. É um disco realmente muito bom, mas que precisa ser ouvido e “descoberto” aos poucos.

As duas primeiras faixas (I was a lover e Hours) são fantásticas. O resto ainda estou descobrindo.

================================================================

Vc é o homem da minha vida.

- Você é o homem da minha vida!
- E eu sou a mulher da sua vida.
- E não adianta vc fugir disso...

Ufa... tudo isso dito de uma vez é uma coisa fantástica... de uma mulher linda, ainda mais maravilhoso.

Fiquei surpreso, extremamente feliz, mas ainda com o pé atrás.

Da última vez q ouvi isso era mentira... mas eu acreditei.

Desta vez tb quero acreditar, mas a gente apanha da vida pra aprender...

sexta-feira, dezembro 08, 2006

CINDACTA 1 - By Microsoft

Chega a ser patética a preocupação da imprensa como um todo ao CAOS instaurado na aviação brasileira.

O desastre ocorrido no vôo 1907 da Gol foi um desastre tipicamente tupiniquim. Até agora não se tem certeza do que ocorreu, mas pouco a pouco vão se chegando à conclusão de que a falha partiu da falta de estrutura, planejamento e treinamendo adequado aos controladores de vôo.

Como não poderia deixar de ser, após a morte de 154 pessoas, alguma atitude foi tomada (esse é o brazilian modus operandi). E a atitude causou o caos na aviação, vôos atrasando, sendo cancelados, pessoas passando horas nos aeroportos, protestos, pouca informação e a mídia fazendo o seu carnaval.

É óbvio que os passageiros não podem ter todas as informações necessárias, afinal de contas estamos falando de um setor estratégico-militar. Portanto, não adianta os passageiros chorarem, pois nem as companhias aéreas podem assegurar-se com certeza de alguma coisa.

A falha no tal CINDACTA 1 ainda é um mistério. Um sistema teoricamente infalível, de uma hoda pra outra deixa de funcionar! Levando o caos ao país, paralisando todo o sistema aéreo brasileiro. Provavelmente, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias apareceram por lá e resolveram fazer reparos no tal CINDACTA 1.

O carnaval da mídia então, nem se fala... O “drama” dos passageiros é uma coisa impressionante. Pessoas chorando, protestando, gritando, discutindo com funcionários, até uma mulher chegou a ser presa por racismo, qdo chamou uma funcionária de neguinha suja (mas não... ela não teve a intenção de ser racista, chorou, pediu mil desculpas).

É nessas horas q nós percebemos de q lado está a mídia. Nunca há mobilização tão forte como essa q estamos vendo, qdo o caso é de greve de ônibus, hospitais fechados, greve na previdência, etc.

Porque agora, são os CIDADÃOS q estão sofrendo, os CONSUMIDORES de fato, os FORMADORES de opinião.

Eu não sei não, por via das dúvidas, eu pegaria o Guaianazes – Lgo da Concórdia ou o Metrô Carrão – Jd. Imperador... esses daí nunca me deixaram na mão... hehehe

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Discos de Cabeceira - Pte 1

Guns n´Roses

Appetite For Destruction (1987)

Eu era apenas um garoto de 11 anos que nem sabia o que era rock direito. Era um fã doido pelos Titãs em 1988. Tinha estava caminhando pare ter todos os vinis dos caras. Foi quando meu primo (que tinha MTV em casa) me mostrou um ao vivo em New York do Guns n´Roses. Esse show em New York foi o melhor show q eu vi do Guns até hj, tinham acabado de lançar o disco e estavam em plena forma. Fiquei maluco pela banda, e fui correndo conhecer este fantástico Appettite for Destruction, que na minha opinião; não só é o melhor disco do Guns, como também um dos discos mais loucos de Hard Rock.

David Bowie

The Rise and the Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972)

David Bowie é gênio... eu fiz minha descoberta aqui.

Dead Kennedys

Fresh Fruit for Rotting Vegetables (1980)


Todo guitarrista em começo de carreira adota o punk por ser mais fácil de se tocar. Comigo também foi assim, mas um pouco mais tarde conheci esta pérola do Punk, e vidrei no Dead Kennedys. Agradeço a Jello Biafra por ter me mostrado o Punk quase perfeito; com grandes letras, tocado muito bem e com um bom humor imcomparável. Infelizmente hj em dia a molecada é asfixiada por essas bandas emo q nada mais são do q a raspa do penico do q o punk e o hardcore tinham de pior. Com certeza se a molecada ouvisse bandas como os Kennedys, Black Flag, Buzzcocks, Minor Threat, T.S.O.L. e outras bandas punk de verdade, nunca daria ouvidos a esse lixo emo.

Iron Maiden

Piece of Mind (1983)

Este foi o primeiro disco do Iron Maiden que eu comprei. E como não se impressionar com "Where Eagles Dare"? Como não se apaixonar por "Die With your Boots On"? Como não se encher de amores por "Still Life"? Como não quebrar tudo com "The Trooper"? "Revelations" foi a música q fez o Iron Maiden se tornar a banda da minha vida, por razões muito mais profundas. Me tornei fã incondicional. Ia a todos os shows, comprava todos os discos e tinha tudo quanto pudesse dos caras. Hj, mais maduro, ainda sou muito fã, e não tenho dúvida de que o Iron Maiden foi a maior banda de heavy metal de todos os tempos.

Radiohead

Ok Computer (1997)

Considero este o disco mais decisivo da minha vida. Quase todas as minhas concepções mudaram eu abri totalmente minha cabeça para escutar todo tipo de som. Ok Computer me fez parar pra pensar e fez evoluir muito meu pensamento musical. Eu percebi com ele que havia uma diferença grande entre quem faz música e quem faz arte. Nem todo músico é artista, aliás muito poucos o são de fato. Deixei o Heavy metal de lado, curtindo só como fã, mas sabendo o lado fã e o valor artístico que ele tem. Este disco mudou minha vida.

Sepultura

Roots (1996)

Considero este o melhor disco de rock já feito por uma banda brasileira em todos os tempos. Foi o mais universal, criou uma identidade, influenciou o mundo todo e fez do Sepultura uma referência dentro da música mundial. Pela primeira vez desde os Mutantes se pôde dizer que existia um rock brasileiro.

Led Zeppelin

Led Zeppelin II (1969)

Foi aqui que conheci esta maravilha do rock. O Led Zeppelin me impressionou com sua linguagem única dentro do rock, suas melodias incomparáveis, as performances indescritíveis dos 4 integrantes e a química que existia na banda. O Led para mim é a maior banda de rock de todos os tempos (e que me desculpem os fãs de Beatles, mas é a minha opinião).

Black Sabbath

Volume 4 (1972)

Já conhecia o Sabbath, como todo metaleiro conhece. Mas quando fui tocar numa banda que tocava só Sabbath, fui obrigado a escutar a banda. E fiquei paradão neste Volume 4. Com ele eu percebi que não era necessário tocar rápido pra ser uma banda pesada, e que a simplicidade é bem melhor do que intricadas masturbações técnicas. Na minha opinião nenhuma banda que veio depois conseguiu tocar tão pesado como o Black Sabbath da fase clássica (até 1978 quando o Ozzy saiu).

Mutantes

A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1969)

Considero os Mutantes a melhor banda de rock do Brasil de todos os tempos, junto com o Sepultura. Foram as únicas bandas brasileiras que conseguiram fazer um rock com identidade própria, algo que foi reconhecido mundialmente e o é até hoje. Apesar dessa volta patética com Zélia Duncan (quem?), que na verdade não serve nem pra lamber as botas de Rita Lee.

Soundgarden

Superunknown (1994)

Eu vivi minha adolescência na "era Grunge", era legal ver q tinha muita coisa acontecendo, muitas bandas surgindo, fazendo coisas interessantes, saindo da mesmice. Mas como eu era 'metaleiro', eu não gostava muito da maioria dessas bandas (muitas como o Pearl Jam, eu ainda acho uma bosta até hj). Considero o Soundgarden a melhor banda de todas aquelas vindas de Seattle e que faziam 'aquele' som. Aí é que está o X da questão... o Soundgarden não fazia 'aquele' som, fazia algo BEM melhor. Lançou 3 discos no limite da perfeição (Badmotorfinger-1991, esse Superunknow-1994 e Down on the Upside-1996) e acabou na hora certa, no auge.

Queens of the Stone Age

Queens of the Stone Age (1998)

Se existe uma banda que vc pode dizer hj em dia q é FODA, FODA, FODA, essa é o QOTSA. A despeito do monte de merda, do monte de bandinhas lixo, esse monte de rock mal feito, falso e caça níquel q temos por aí, existe o QOTSA. E está aí... com 4 discos não menos do q FODAS. Esse é o primeiro e meu preferido.

Fantômas

Director´s Cut (2002)

Absurdo, esquizofrênico, paranóico, louco, depressivo, violento, perdido, disconexo, dissonante, desesperado, anárquico... são tantos os adjetivos. Mike Patton, um dos maiores gênios da música contemporânea em um de seus maiores momentos. Escolhi Director´s Cut porque, digamos q ele é mais fácil de ouvir.... só digamos.

sexta-feira, novembro 03, 2006

5 Receitas de Demolição Sonora

Quer demolir seu quarto? Fritar os neurônios do seu vizinho? arrebentar com o reboco do apto de cima? Assustar as crianças? Gritar até ficar rouco? agir como um retardado metaleiro? Quebrar os lustres da sua casa? Fazer a galera q tá na sala sentir o chão tremer?

5 Sugestões de demolição sonora:
Meantime - Helmet (1992)

Pouca gente tem a sorte de conhecer o Helmet. Uma banda q teve seu auge no início dos anos 90, com um som q influenciou uma BACIADA de bandas (Korn, Limp Biskit, Slipknot, Biohazard, etc.) Meantime é o disco mais foda deles.

Uma quebradeira com uma batida mais groovada e sem muita conversinha. Destaque para as FODAS: Unsung, Ironhead, Turned Out e Better.

Nota: 8,5

Vulgar Display of Power - Pantera (1992)



Porra, a capa já diz tudo!!!

Nota 8,0

St. Anger - Metallica (2003)


Eu sou fã do Metallica, desde a adolescência. Conheço a carreira dos caras de cabo a rabo, realmente é uma das bandas q mais curto. Por isso mesmo ouso afirmar q St. Anger é o disco mais desgraçado, verdadeiro, adulto, esbagaçado, retardado, violento, e FUDIDO do Metallica.

Depois de assistir ao filme "Some Kind of Monster" (um documentário q captou os 3 anos entre a saída do baixista e toda a merda q rolou até sair esse disco), fiquei mais convencido disso ainda.

Nota: 9,8

Reign in Blood - Slayer (1986)

Reign in blood = Perfeição dentro do Thrash Metal. Tudo q uma banda de Thrash podia fazer pra criar um puta disco, todas as lições foram dadas aqui. Perfeito.

Nota: 10

From Enslavement to Obliteration - Napalm Death (1988)


O Napalm Death é a banda mais bagacenta do mundo. e olha q os caras tem mais de 20 anos de banda. Sempre fazendo o mais puro e perfeito "barulho-desgracento-arregaçante-esquizofrenico". Com suas guitarras afinadas como turbina de avião, sua bateria saída da propria fábrica de liquidificadores Arno e seus vocais parecendo com o último urro de Satã; o Napalm inventou um estilo próprio. Todo mundo falou "porra esses maluco são doido... vai dar nada não" Mas eles tão aki hj... quase 20 anos depois, tão (ou mais) retardados q antes, apesar de serem senhores quarentões.
From Enslavement to Obliteration só pode ser ouvido em situações extremas como: A destruição do planeta Terra, Invasão de Alienígenas canibais, a deflagração da guerra nuclear, a morte de todas as mulheres do planeta (claro, pra quem gosta) ou então se vc quer macetar seu cérebro com um bate-estaca industrial sonoro.

Nota: 9,0

quinta-feira, outubro 26, 2006

A 3 dias das eleições.

Sobre Lula

* Vencerá pq é o candidato mais preparado, fez um bom governo, apesar de muitos pontos negativos.

* Provou mais uma vez o alcance q tem junto ao povo.

* Provou tb q ética não ganha a eleição. Foi assim com FHC e está sendo assim com ele.

* Sabe (ou ao menos deveria saber) que agora é hora do salto, hora de mostrar o "espetáculo do crescimento".. que tanto propagou.

* Sabe que seu principal erro foi não colocar pessoas preparadas em cada função do estado. Governou com amigos, governou com aliados. Veremos se abrirá mão disso pelo bem do país.

*A meu ver; tem pela frente um governo mais fácil do q o anterior, pois será mais fácil compor maioria e acredito q até o PSDB será uma oposição menos ferrenha do q foi.

Sobre o PT

* Lula é seu último candidato presidenciável. Em 2010, não haverá Lula e tb não existe no partido candidato à altura, ou seja; provavelmente 2010 será ano de apoiar alguém. Será o PT suficientemente inteligente e humilde para fazê-lo?

* Depois de todo o racha e toda a merda no ventilador, agora é chegada a hora de mostrar realmente a que veio. Despido de sua outrora suposta aura de pureza e honestidade, o PT tem a dura missão de se limpar e tornar-se um partido confiável de novo.

* Provou que ainda é um dos mais fortes partidos do país, apesar de todos os escândalos de corrupção dos últimos anos.

* Terá de mostrar se está aberto ao diálogo pelo bem do país.

Sobre Alckmin

* Sai fortalecido da disputa, pois conseguiu uma grande vitória ao levar a eleição ao segundo turno.

* Não está preparado para ser presidente, quem sabe 2010 não será seu ano?

* Errou no tom da campanha, preferindo bater sempre nas mesmas teclas. Curiosamente, fez o q o PT fez em 1998; bateu na tecla da ética em contraponto ao governo q mostra obras. O PT em 1998 tb perdeu.

* Terá uma árdua batalha se quiser ser presidente em 2010, visto que FHC, Serra e Aécio tb são nomes fortes na sucessão.

* Veremos qual será o seu comportamento agora, sem mandato e com um nome plantado no cenário nacional.

Sobre o PSDB

* Provou que não sabe ser oposição, tanto quanto o PT não soube (não só pela eleição, mas pelos 4 anos na oposição).

* Terá uma dura disputa pelo poder dentro do partido, em especial qdo se tratar do presidenciável em 2010. Tudo leva a crer que a disputa será entre Serra e Aécio, mas Alckmin sai fortalecido e FHC tb anda botando as mangas de fora.

* Tentou empurrar goela abaixo do eleitor o fato de que o PT é o partido mais corrupto do país, mas não conseguiu, pelo simples fato de que o povo pode ser ignorante, mas não é burro.

* Acredito que se não houver grandes mudanças, deve eleger o próximo presidente.

* Terá de mostrar se está aberto ao diálogo pelo bem do país.

Sobre o Brasil

* Espera para ver grandes programas sociais avançarem mais ainda, mas sem se tornarem puro assistencialismo. É preciso criar bases para que esses programas sejam usados apenas enquanto necessário.

* Espera pelo crescimento.

* Espera pelas reformas, principalmente a Tributária e a Política.

* Espera por uma mídia mais honesta e ciente de suas responsabilidades (pois mídia imparcial não existe).

bom.. consegui espremer essas palavras, apesar de não estar com muito saco pra escrever. Admito q poderia sair melhor.. rsrs.

quarta-feira, outubro 18, 2006

De onde vem o Dinheiro?? E as Fotos?

13/10/2006 14:47

O fato e a foto do dinheiro

Todo o esforço da mídia para evitar que os eleitores soubessem como surgiu a foto do dinheiro, destinado ao pagamento do celebérrimo dossiê, malogra redondamente nesta sexta. Graças à reportagem de capa de CartaCapital, que está nas bancas de São Paulo desde o meio-dia.

O enredo começa na sexta, 15 de setembro, quando foram presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos. Os jornalistas chegam ao prédio da PF e encontram no local as equipes de Geraldo Alckmin e José Serra. As quais contam, fácil deduzir, com solertes informantes dentro da polícia. Mas o herói do entrecho surge na ribalta catorze dias depois, véspera da eleição. É o delegado Edmilson Pereira Bruno. Carrega as imagens do dinheiro, que ele mesmo fotografou com sua máquina. Pacotes de notas sabiamente empilhados, com esmero de artistas do still. Diz, peremptório: “Tem de sair no Jornal Nacional”. Cercam-no quatro repórteres. Da Folha, do Estado, de O Globo e da Jovem Pan. Gravam a conversa. Edmilson recomenda: levem as fotos mas esqueçam o que eu disse, vou enganar os meus superiores, contarei que fui roubado por vocês, sabem como são os jornalistas...

Os pedigueiros da informação topam e entregam as gravações aos chefes, que as enfurnam nas gavetas mais próximas. Caluda! O pedido do delegado é atendido pela Globo, no ambicionado JN. As fotos explodem ao vídeo enquanto uma voz soturna, fora do campo, lhes ilustra a serventia. Sabemos que, em grande parte, devemos a eles o segundo turno.

A Globo chega ao requinte de antecipar a exibição à noticia do desastre do avião da Gol, já no ar em outras emissoras.

13/10/2006 18:26

1989

A reportagem de CartaCapital, nas bancas paulistanas desde o meio-dia de hoje, traz imediatamente à memória a lembrança dos lances finais da campanha do segundo turno de 1989. Primeiro, veio à tona a história da menina Lurian, que a mídia contou qual fosse pecado mortal a aventura amorosa de um viúvo. Depois aconteceu a manipulação do debate de encerramento, comandada pessoalmente por Roberto Marinho. Os donos do poder estavam então dispostos a agarrar em fio desencapado, no caso o outsider Fernando Collor. A trama atual tem sabor igual, é mais sutíl, porém. Mais velhaca.

16/10/2006 11:39

A mídia e o poder

Sempre e sempre, a mídia nativa serviu o poder, salvo raras e honrosas exceções. Faz sentido, ela é uma das faces do próprio.

Nunca, no entanto, a não ser há mais de quatro décadas, na preparação do golpe de 1964, e na campanha de 1989 a favor do caçador de marajás, a mídia nativa assumiu de forma tão desbragada o papel de partido político. Já disse neste espaço, e volto a repetir: só falta convocar a Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

A desfaçatez, a hipocrisia, a má fé estão a ser exibidas em triunfo. A reportagem de capa da Veja desta semana, sobre os pretensos esforços do ministro Marcio Thomaz Bastos para “blindar” Lula no caso dossiê, é uma aula de jornalismo às avessas. Aliás, este verbo, blindar, deveria ser banido das redações, como inúmeros outros vocábulos esbanjados ao longo de textos penosamente primários, todos eles representativos do lugar comum.

A mídia nativa venera o lugar comum. Observe-se que a reportagem da Veja justifica a reunião urgente das lideranças tucanas, prontas a uma investigação sobre o assunto, embora ali não haja uma única escassa prova de opiniões apresentadas como sacrossanta verdade. Quem sabe jornalistas e políticos do PSDB estejam em perfeita sintonia. Assim como o tucanato conta com solertes informantes dentro da Polícia Federal. De outra maneira, como explicar que as equipes de Alckmin e Serra tenham chegado ao prédio da PF antes dos jornalistas, dia 15 de setembro, quando foram presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos?

Não se trata de tomar o partido de Lula, ou de minimizar a gravidade do dossiê, trapalhada de puríssima marca petista. Mas, cadê os paladinos de verdade, os perdigueiros da informação isenta?

Textos Publicados no Blog de Mino Carta.
http://www.cartacapital.com.br/blogdomino/

terça-feira, outubro 17, 2006

Back to Basics

Em plena neoparanóia nuclear. Enquanto as ruas de Seoul são tomadas de cidadãos correndo para seus postos; treinando para um eventual ataque nuclear vindo da Coréia do Norte. Decidi fazer uma das coisas q mais gosto de fazer, resenhar discos.

E começo com dois q são perfeitos para se escutar em caso de ataque nuclear.


Slayer - Christ Illusion (2006)
Não importa de que parte do mundo vc vem, uma coisa vc tem de se acostumar: Slayer é Slayer. Não tem frescurinha, conversinha, não tem afago, cafuné, selinho, nada disso. O negócio do Slayer é PORRADA, é arregaçar com tudo.
Christ Ilussion mostra q os caras, mesmo após quase 25 anos de carreira continuam pegando mais pesado do q nunca. Destaque para "Jihad", cuja letra conta um ataque terrorista... da perspectiva do terrorista. Isso sem contar a capa, que pra variar já foi proibida nos EUA e em grande parte da Europa.
Nota: 8,0
Satyricon - Now, Diabolical (2006)

Eu já passei da adolescência faz um bom tempo. Já por isso mesmo hj eu só curto um disco novo se ele realmente é bom. E esse do Satyricon é muito bom.

Eu procurei os outros discos dos caras, e todos são uma bosta. O Satyricon é uma dupla norueguesa, q tinha aquelas manias de pintar a cara de branco e preto e se vestir feito um gay gótico, coisa de moleque.

Mas nesse disco, o som amadureceu. Destaque pra 3 sons arregaçantes: a faixa-título, K.I.N.G e The Pentagram Burns (é claro q querer o amadurecimento das letras tb seria demais).
Nota: 7,0

terça-feira, outubro 10, 2006

Em homenagem ao deprimente teste nuclear Norte-Coreano.

Search and Destroy

I'm a street walking cheater with a hand full of napalm
I'm a runaway son of a nuclear A-bomb
I am the world's forgotten boy
The one who searches and destroys

Honey gotta help me please
Somebody gotta save my soul
Baby, detonate for me

Look out honey, 'cause mutant technology
Ain't got time to make no apology
Solar radiation in the dead of night
Love in the middle of a fire fight

Honey gotta strike a plan
Somebody gotta save my soul
Baby, tell em, take my mind

I am the world's forgotten boy
The one who's searchin', searchin' to destroy
And honey I'm the world's forgotten boy
The one who's searchin' only to destroy

ook out honey, 'cause mutant technology
Ain't got time to make no apology
Solar radiation in the dead of night
Love in the middle of a fire fight

Honey gotta strike a plan
Somebody gotta save my soul
Baby, tell em, take my mind

I am the world's forgotten boy
The one who's searchin', searchin' to destroy
And honey I'm the world's forgotten boy
The one who's searchin', searchin' to destroy
Forgotten boy, forgotten boy
Forgotten boy said hey forgotten boy

Decidi novamente publicar essa letra pq, após as notícias sobre o deprimente teste nuclear Sul-Coreano, me senti novamente em 1968.

Novamente o temor e a paranóia nuclear.

Novamente os outros problemas da humanidade são deixados de lado em nome da guerra.

segunda-feira, outubro 09, 2006

O 1º Round: Chuchu Alckmin x Lula Arroz com brócolis

* Alckmin não tem a exata dimensão do que é governar um país do tamanho do Brasil. Isso ficou bem claro ontem. Governar o Brasil não é igual a ser prefeito de Carapicuiba (ou sei lá de q raio ele saiu).
* Mais uma vez ficou provado q Lula é CRAQUE em debates. Tá difícil aparecer candidato capaz de ganhar um debate dele.
* É claro q eleitores de Alckmin acham q ele "ganhou" o debate. Muitos não conseguem ver o quanto ele foi pobre, o quanto foi treinado para repetir as mesmas coisas q falou a campanha inteira. Eu, sinceramente esperava mais dele.
* Lula não respondeu e nem vai responder a respeito de todos os atos de corrupção q aconteceram em seu governo, simplesmente porque não há o q dizer. Eu esperaria de um grande homem a confissão de seus erros, mas ele está numa campanha e não pode fazer isso.
* Alckmin continua achando (como tudo q o PSDB diz) q os problemas do Brasil se reduzem a corte de gastos, aperto de cinto, gastar melhor o dinheiro, racionalizar gastos. Com a sua super calculadorinha e sua cadernetinha ele realmente acha q vai resolver os problemas do país. Muito pobre isso.
* Lula, apesar de tudo q aconteceu nos últimos 4 anos com o PT; ainda é sem sombra de dúvida a melhor alternativa. Seu governo em 4 anos foi BEM melhor do q os 9 anos de FHC (contando tb o período como Ministro de Itamar), infelizmente o PSDB e Alckmin não conseguem aceitar isso. E na minha opinião, esse é um dos pontos fracos da campanha do Chuchu.

E aí fica aquela papagaiada, gente achando q debate é quebrar as pernas do outro, é dar "aquela" resposta, chamar de corno, xingar a mãe, partir pra porrada e etc.

Mas o principal poucas pessoas realmente vêem (e é preciso ser imparcial):

Alckmin mostrou-se despreparado, para a surpresa de muita gente (inclusive eu). Apareceu com um discurso que parecia decoradinho, estava por vezes parecendo um papagaio.

Lula, é claro esquivando-se de perguntas sobre os escândalos de seu governo. Mas "ganhou" o debate, e ganhou com folga. Afinal de contas, não existe um só político no Brasil com mais experiência em Debates com essa magnitude do q ele.

Além disso, mostrou ter a exata dimensão do q é governar um país do tamanho, com as diferenças, com a desigualdade e com os déficit´s do Brasil. E isso conta MUITO.

quarta-feira, outubro 04, 2006

O Direito ao Foda-se


(Por Millor Fernandes)

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala.

Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?

O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas.

Me liberta.

"Não quer sair comigo? Não? Então foda-se!".

"Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituiçao Federal.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.


É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Portugues Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Prá caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Prá caralho"?

"Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Prá caralho, o Sol é quente Prá caralho, o universo é antigo Prá caralho, eu gosto de cerveja Prá caralho, entende?

No gênero do "Prá caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negaçao, está o famoso "Nem fodendo!"

O "Não, não e não!" é tampouco nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto.

Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.

Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro prá ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Danielzinho, presta atençao, filho querido, NEM FODENDO!".

O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.

Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".

O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior.

É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.


Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!".

Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!".

Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima.

Desabotoe a camisa e saia na rua, vento batendo na face, olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!".

Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar:

O que você fala? "Fodeu de vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!


Meu comentário: G-E-N-I-A-L.

quinta-feira, setembro 28, 2006

O Debate pra presidente ontem na Globo.

O Debate de ontem na Rede Globo de televisão foi realmente uma aula de democracia para o povo brasileiro. Propostas claras, objetivas, muito bem explicadas e brilhantemente apresentadas. Além da educação, cavalheirismo e solidariedade entre os Srs. Candidatos foi realmente o q tornou esse espetáculo da democracia um brilhante marco em nossa história.

Primeiramente, devemos agradecer à sempre presente e ativa Rede Globo de televisão, que conseguiu (após árduos esforços); um espacinho em sua disputadíssima grade de programação para que nosso país pudesse dar ao mundo esse verdadeiro espetáculo da democracia.

Elencar os pontos altos do debate seria impossível, dado o alto nível de toda a apresentação e a leveza, competência e elegância com que foi apresentado. Pelo sempre elegante e polido Sr. Chico Pinheiro.

Mas tentarei, com meu parco vocabulário; descrever alguns screenshots do míster de tal acontecimento.

O candidato Sr. Geraldo Alckmin deixou a platéia brasileira estupefacta ante sua educação, clareza, e ao apresentar propostas claras, detalhadas e extremamente possíveis de realizar. O Sr. Alckmin em nenhum momento acusou, desrespeitou, ou foi deselegante com nenhum dos presentes ao evento. Que exemplo!

Alckmin e sua costumeira educação e cordialidade.

Outro que teve brilho no debate foi o candidato e nosso excelentíssimo presidente Sr. Luís Inácio da Silva. Com explanações claras, objetivas e marcando os telespectadores com sua costumeira educação e elegância e cultura. O Sr. Candidato foi destaque ao ceder parte de seu tempo de resposta a candidatos de partidos com menos expressão poderem também apresentar suas propostas. Um dos beneficiados com a louvável atitude de nosso presidente foi o Sr. Candidato José Maria Eymael. Que exemplo!

O Excelentíssimo Sr. presidente, dando um exemplo de democracia.

Novamente o Sr. Candidado Christovam Buarque nos banhou com sua sabedoria, polidez, elegância e cavalheirismo ao expor suas propostas brilhantes para nosso amado país. A despeito de as pesquisas de intenção de voto não o colocarem com chances de chegar à presidência, o Sr. Candidato novamente conquistou a todos com sua resposta extremamente simpática: “O importante é competir. Sinto-me honrado de participar de tal disputa.”

O Sr. Christovam Buarque. Que brilho!

Nos bastidores, o candidato, Sr. José Maria Eymael fazia contatos importantíssimos.

Mas, infelizmente há sempre uma nota triste. E a candidata Sra. Heloísa Helena infelizmente perdeu a paciência e foi um pouco deselegante ao responder à pergunta de um telespectador. O Sr. Rubão Pegador da Vila Carrão simplesmente arguiu: "Sra Heloísa, como é que estamos nessas carnes aí por baixo dessa saia?".

Não ficou bem claro, mas parece que a pergunta irritou levemente a candidata, que por alguns segundos perdeu um pouco a compostura.

A candidata Sra. Heloisa Helena, infelizmente perdeu um pouco da compostura ao comentar pergunta de um prezado telespectador.

O candidato Sr. Rui Costa Pimenta, faz uma brilhante explanação sobre suas interessantíssimas propostas socialistas.

De resto, o debate foi uma aula de democracia, e acredito piamente que nosso tão amado Brasil está cada vez mais perto de atingir o primeiro mundo. Ao menos se depender da cordialidade, democracia e cavalheirismo, estaremos lá, com certeza em breve.

quarta-feira, setembro 20, 2006

A República dos Dossiês

Dossiê: substantivo masculino. 1 Série de documentos importantes que tratam, revelam a vida de um ou mais indivíduos, de um país, de uma instituição etc. 1.1 a pasta, arquivo ou fichário que contém estes documentos.

O Brasil é o pais dos dossiês? Acho que não, afinal de contas esse tipo de artimanha política é usada em todos os países do mundo, desde o século passado. Na verdade é para isso que servem os tão falados serviços de inteligência dos governos, para captar informações, vasculhar registros, levantar tudo que se pode da vida de qualquer pessoa.

E não só os serviços oficiais fazem esse tipo de trabalho. Existem pessoas e organizações especializadas em monitorar informações de qualquer pessoa, qualquer esquema, qualquer organização.

O dossiê é o resumo de tudo isso num documento só. É o calcanhar de Aquiles de qualquer político, afinal de contas; num sistema capitalista como o q vivemos hoje, qualquer político tem informações que preferiria esconder, seja ele corrupto ou não.

Também existem os falsos dossiês. Claro q num dossiê nem tudo tem de ser verdadeiro, apenas parecer verdadeiro, ser convincente.

Isso acontece porque o dossiê geralmente é usado em momentos oportunos (campanhas políticas, vésperas de votações parlamentares, etc.) como instrumento de pressão, chantagem e/ou desmoralização.

O traço que diferencia o Brasil nessa história toda é o fato de que aqui dossiês surgem como bananas num bananal. Todos tem dossiês sobre todos, esses dossiês circulam, são vendidos, negociados e usados principalmente em épocas de campanha.

Quem não se lembra do famoso dossiê que Paulo Maluf afirmava que tinha sobre o finado Mário Covas em 1998 e que gerou ameaças públicas até em debate eleitoral? Ou então dos vários dossiês que surgiram sobre o governo FHC e que nunca vieram a público totalmente? Ou então do dossiê sobre a filha falsamente abandonada por Lula em 1989?

Num país como o nosso onde a imprensa faz o que quer e a Lei de Imprensa existe apenas como enfeite, livremente agem os que querem tumultuar o ambiente em momentos importantes.

O tão falado dossiê que um assessor de Lula teria tentado comprar e que teria informações comprometedoras sobre supostos atos de corrupção de José Serra e Geraldo Alckmin (vejam só que coisa clara.), tem apenas um objetivo: tumultuar.

A imprensa sabe disso, o PT sabe disso, o PSDB sabe muito bem disso e está adorando a festa.

O TSE afirma q vai investigar, mas dificilmente achará alguma coisa (a não ser q forças ocultas estejam por trás de mais esse ultraje no país do futuro). Esse dossiê (como os outros) não aparecerá.

Cabe a vc entrar na dança e chacoalhar as cadeiras tb.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Change of Heart


Here I sit,

alone in a window
The rain falls down
on the glass in the cold

All my life,
I’ve been waiting for a moment
It never came, maybe never will
Ah – sometimes I don’t know

Those days are gone
Lord I hide where I just can’t say
I’m still there, catching your tears
Before they fall to the ground

You, you’re walking away
You couldn’t stay, you need a change of heart
You, you’re walking away
You couldn’t stay, you need a change of heart - yeah

Trees are bare, the earth it is hard
I wait for winter, soft winter and snow
Those days are gone
Now I hide, where I just can’t say

I’ll be there catching your tears
Before they fall to the ground
You, you’re walking away

You couldn’t stay, you need a change of heart
You, you’re walking away
You couldn’t stay, you need a change of heart

And I know, wherever you go,
I’ll be around – yeah
I’ll be there catching your tears before they fall to the ground yeah

Não má muito motivo pra postar essa letra... eu gosto muito dessa música e ela representa muito do q estou sentindo nesse momento da minha vida. Além do q não tenho tido muita inspiração pra escrever algo novo nesses dias.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Mentiras


Mais uma vez enganado,
iludido, desfigurado,
manchado, magoado,
deprimido, cansado,
cabisbaixo...

dolorosamente respirando,
ardorosamente chorando,
inutilmente esperando,
aflitivamente sonhando...

Lágrimas que tiram minhas noites,
olhos abertos vendo o q não deviam ver,
coração doendo mais do q deveria doer,
memória lembrando mentiras vazias...

sorrisos meigos e falsos,
dramas sem profundidade servindo como desculpa,
filmes vazios povoam minha mente,
atuações pobres, sem credibilidade.

Nessa noite de insônia, olhando pra luz do luar...
as estrelas são meus 1000 pontos de luz
penetram em mim, me fazem distrair
sonhar? Não consigo...
amar? Mais do q cabe em mim...
sofrer? É preciso para aprender...
morrer? qdo desligarem a tomada.

pulso ainda pulsando,
coração ainda batendo,
esperança ainda presente,
no chão, machucado e magoado...
mas ainda não derrotado.

terça-feira, agosto 22, 2006

Mechaniczna Pomarancza


Lobotomia do individualismo

Obrigação de compartilhar da violência
Seja ela verbal, gestual, comportamental,
física, excludente, xenófoba, semita...

Sentimentos são usados como desculpa,
quem diz q ama, ignora e fere
quem diz q se importa, vira as costas

Somos a massa q se indigna...
somos a massa q protesta veladamente
somos a massa que reclama nos callcenters da vida
somos a massa q aprendeu sistematicamente
a passar da esperança e otimismo extremo
à desilusão e decepção pungente.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Heloisa Helena no Jornal Nacional - 08/08/2006

Acompanhei a entrevista de Heloísa Helena no Jornal Nacional ontem. Sendo perguntada pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes (que diga-se de passagem, foram bem imparciais).

O tom das perguntas foi justamente em cima das declarações de Helena, "Por que a senhora afirmou que os ministros são apenas 'empregadinhos' do presidente? Concorda que o termo fica pejorativo, num país de empregados, como o Brasil?" - "A senhora usou outros termos como safado, pilantra, etc... É esse o nível que a senhora busca?".

Enfim, ficou a impressão (passada de propósito pelas perguntas escolhidas pelo JN) de que H. Helena é uma candidata turrona e confusa, mas ainda assim sincera.

O próprio tempo da "entrevista" (11:30 minutos e 30 segundos extras) faz com que existam atropelos dos candidatos antes de as perguntas serem concluídas. No caso de Heloísa, isso só fez crescer mais ainda a sensação de sua agressividade.

Ela se saiu bem a meu ver, conseguiu responder às perguntas convincentemente (resta saber se sua linguagem é simples o bastante para ser captada pelo povo), mas tb a meu ver, ela será presa fácil durante a campanha eleitoral.

Seu discurso "socialista" (Ela não tem nem idéia do q realmente é socialismo) não cola em quem tem cultura para entender e não será assimilado por quem não tem instrução.

Heloísa Helena me parece aquele candidato que decola como um rojão, mas ao começar a campanha eleitoral, é destruído facilmente.

Espero q eu esteja errado, pq prefiro ver um segundo turno entre Helena e Lula do q ver Lula ganhando no primeiro turno ou Lula x Alckmin.

segunda-feira, julho 31, 2006

Porque Devemos Acabar com os Árabes.

* Este artigo eu escrevi em 2003, após o ataque aos trens na espanha, que matou dezenas de pessoas. Não consegui escrever nada sobre o GENOCÍDIO NAZISTA que Israel vem fazendo no Líbano, então fica este artigo. Tomara que ele consiga passar o tamanho da minha indignação.

Estamos numa guerra contra o terror não? Buscando os responsáveis pelas ameaças a nosso modo de vida, à nossa tão cultuada democracia.

Sim, não sabemos bem o que é democracia; mas por ela podemos ignorar a ONU e a opinião pública mundial e fazer guerras contra civis esfomeados que não tem o que comer, nem o que vestir, muito menos como se defender.

Nos perfilaremos atrás da grande águia de olhos azuis, e vamos defender a barbárie israelense. Vamos apoiar a construção de um muro que separa a Palestina de Israel, por que seria esse muro diferente do muro de Berlim? Na verdade não sabemos, mas apoiamos. Vamos concordar com o exército israelense quando ele entra diariamente em território palestino e destrói casas civis, atira em crianças e pratica o seu genocídio em pequenas doses diárias pela nossa tão bem falada democracia.

Afinal o Terror é o responsável por nossas tragédias. É ele o responsável pelas milhares de crianças que passam fome no nosso mundo democrático, é ele o responsável pela grande corrupção no mundo ocidental, é ele o responsável pela enorme recessão que a águia branca tem de lidar todos os dias, o responsável pelo enorme desemprego e violência na nossa sociedade. Ele é o perfeito demônio que precisamos exterminar.

Vamos logo acabar com todos eles, assim acabaremos com o terrorismo, afinal de contas eles se vestem igual, falam todos a mesma língua ininteligível, têm todos péssimos hábitos como não usar camisetas do Hard Rock Café, não tomarem Coca Cola e não comer os deliciosos frangos químicamente maltratados do KFC; essas coisas não admitimos. Vamos fechar nossas portas a todos os árabes, ou descendentes, ou que tenham alguma semelhança com eles. É claro que os que tiverem situação financeira melhor serão privilegiados, pois o dinheiro abre portas, principalmente o Dólar.

Já bombardeamos o Iraque e o Afeganistão, podemos escolher outro país. Quem sabe a Síria ou o Irã, ou até a Arábia Saudita, se nos encherem muito o saco. É fácil, afinal não precisamos da ONU ou da opinião de ninguém, precisamos só inventar alguma desculpa estúpida como as armas de destuição em massa que nunca foram achadas. A imprensa é como um filhotinho de gato, brinca o dia inteiro com o novelinho de lã e depois esquece.

Não nos importam quantos palestinos são assassinados brutalmente todos os dias, ou quantos matamos no Iraque, ou no Líbano, ou no Irã. Não nos importamos em matar mais de 140 mil pessoas só nas duas guerras contra o Iraque, sem falar nos palestinos.

Na verdade o que nos choca é a morte de cerca de 2500 pessoas no World Trade Center e de 200 pessoas no atentado na Espanha. Essas sim é que importam. São cidadãos que pagavam impostos, cidadãos que enchiam o Madison Square Garden para ver os jogos dos New York Knicks, que iam ao estádio ver os jogos do Real Madrid. cidadãos que entendem do mundo moderno, que assistem aos nossos desfiles de moda, que se enchem de boçalidade vendo as nossas TVs, cidadãos que votam em nossos grandes políticos.

Que importa matar 140, 500 ou 900 mil árabes? Eles não são civilizados, não compram nossos carros, não tem Internet em casa, não colaboram para o crescimento de nossa imdústria de armamento (a não ser quando vamos lá matá-los); enfim, a vida deles não tem o mesmo valor que a nossa. Eles, quando morrem; não têm velas acesas ou flores deixadas por outras pessoas em solidariedade, não têm canais de TV no mundo todo chorando e mostrando imagens de seus familiares, amigos e autoridades chorando e condenando quando morrem, não tem memoriais, as datas de suas mortes não ficam conhecidas como "11 de setembro", ou seja, eles não tem nada, não são nada.

Vamos exterminá-los, sendo terroristas ou não, assim nosso mundo será perfeito, livre desses malucos sem nenhum propósito que enchem seu corpo de explosivos e entram num prédio e se detonam.

Depois de acabarmos com os árabes, podemos continuar com nossa política repressiva contra Cuba, com o desumano embargo econômico que faz seu povo amargar a fome e miséria. Podemos continuar assistindo de camarote aos milhoes que morrem de fome na África todos os anos, sem fazer absolutamente nada. E continuar aplaudindo os nossos geniais milionários que cultuam seus zilhões passando por cima de milhares de inocentes.

Estaremos mais livres ainda para fazer o milagre da multiplicação de dólares nos cinemas usando o nome de Jesus Cristo. E quem sabe um dia, poderemos talvez exterminar os negros, os homossexuais e os aleijados. Aí sim seria perfeito o nosso mundinho tão pequeno. Afinal de contas acabariam os crimes (negros), a corrupção da família (homossexuais), o perigo do desconhecido (árabes) e a doença (aleijados); aprendemos bem com Hitler, apesar de negarmos. Bem, continuaríamos convivendo com os orientais, mas pelo menos eles gastam dinheiro conosco e consomem o que nós consumimos.

Esta é a mensagem que nos é passada pela nossa mídia todos os dias, cabe a nós acreditarmos nela ou não. Infelizmente a maioria acredita. Daí o abuso na cobertura da mídia das demonstrações de resignação quando deste atentado na Espanha, como no Atentado ao World Trade Center. Demonstrações, memoriais, lembranças e discursos inflamados que não são feitos pelas crianças palestinas, pelo genocídio civil no Iraque, contra o embargo desumano contra Cuba, contra o avanço da AIDS e da fome na África. As lágrimas americanas ou espanholas não tem mais valor que as outras.

Pra terminar, gostaria de deixar duas frases para reflexão. Mas se quiser refletir sobre o paredão do Big Brother, a escolha é sua:

“Em cada mil pessoas podando os galhos do mal há uma tentando arrancá-lo pela raiz, e é bem possível que aquele, que dedica a maior parte de seu tempo e dinheiro socorrendo os necessitados, esteja contribuindo com seu modo de vida para gerar a mesma miséria que se esforça em vão por aliviar.”
Henry David Thoreau (1817-1862) - Walden ou a Vida nos Bosques


“A verdadeira perfeição do homem reside não no que o homem tem, mas no que o homem é. A propriedade privada esmagou o verdadeiro individualismo e criou um individualismo falso. Impediu que uma parcela da comunidade social se individualizasse, fazendo-a passar fome.”
Oscar Wilde (1854-1900) - A Alma do Homem sob o Socialismo

terça-feira, julho 18, 2006

A Irresponsabilidade e o desespero do PSDB

Em Brasília, o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, foi evasivo: disse que há "coisas estranhas" por trás da série de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que a polícia deve investigar "qual a origem e quem está por trás de tudo isso". (...)

Serra afirmou: "Basta você olhar os manifestos do crime organizado, o que eles dizem sobre a política, coisas que se diz que eles [criminosos] dizem, inclusive nas gravações. É fato que uma das cooperativas de perueiros em São Paulo é ligada ao ex-secretário de transportes de São Paulo [Jilmar Tatto, durante a administração de Marta Suplicy]. Chegou-se, inclusive, a ser pedida a prisão dele. Há ligações notórias com esse pessoal."O candidato não explicou a que gravações se referia. A Folha apurou que grampos telefônicos feitos em maio pela polícia paulista revelaram supostas ordens de um dos líderes do PCC a seus subordinados para que atacassem políticos do PSDB e poupassem petistas. Os atentados contra políticos, porém, nunca ocorreram.

Ao ser questionado sobre o que pretende fazer para debelar a crise na segurança pública, caso eleito governador, afirmou: "Esses ataques são muito estranhos nas suas implicações políticas, porque tem havido constantes manifestações de líderes do crime organizado contra determinadas forças políticas, como se estivessem se partidarizando."(...)

Alckmin evitou avalizar as declarações de Bornhausen e disse que o pefelista "não fez nenhum vínculo direto" entre PT e PCC. Anteontem, em entrevista à Folha, o pefelista disse que "PT pode estar manuseando, manipulando essas ações [atentados]"."Tem muita coisa estranha por trás de tudo isso. Mas não vou fazer nenhuma observação de natureza política", disse Alckmin. "Estranho a forma como a coisa ocorre, a época em que ocorre, a maneira como os atos são desencadeados." (Publicado na Folha de São Paulo em 14/07/2006)

Demorei um pouco para escrever sobre este tema pq a indignação é muito grande.

Insinuações completamente irresponsáveis, demagogas, fantasiosas, malucas e completamente oportunistas desses senhores da aliança PSDB-PFL.

Mesmo q exista algum tipo de ligação entrem o PT e o PCC, como afirmam essas figuras deploráveis da nossa política, não se joga uma acusação com esse grau de gravidade na imprensa sem provas.

Não existe nenhuma prova, por menor q seja que comprove esta ligação. Daí a minha indignação com tamanha irresponsabilidade desses senhores que se dizem preparados para dirigir um país do tamanho do Brasil.

Qdo eu disse q Serra é um irresponsável, factóide e picareta de marca maior, as pessoas não concordam. Aí está o tamanho de sua responsabilidade, um homem q joga sujo desta maneira, plantando declarações graves como essas, sem provas.

E a desculpa de Alckmin? Parece que foi ele quem governou o Estado de São Paulo por 6 anos? Parece que é o mesmo Partido que governa o Estado de São Paulo por 12 (!!!) anos ?

A respeito do PFL, não falo. Um partido que sempre serviu para representar a elite oportunista, coronelista, corrupta, e elitista desde que foi fundado, não pode ser levado a sério.

Irresponsabilidade, corrupção, oportunismo, demagogia, desinteresse pelo país e pelo povo sempre estiveram ligados ao PFL, seja em que parte do Brasil fosse. Vcs repararam q pela primeira vez na História do PFL ele não está ligado ao governo????

Isso me cheira desespero. Desespero de quem sabe que tem grandes chances de perder. Desespero de quem sabe que também tem grandes chances de perder nos estados.

Desespero de perceber que por mais q todos falem, gritem e esperneiem, o povo brasileiro sabe de onde Lula veio e por isso mesmo ele tem tanta força.

segunda-feira, julho 10, 2006

As Forças Armadas na América Latina

BORIS FAUSTO

O golpismo tradicional perdeu força e sentido na região, mas a escalada autoritária, por outras vias, continua sendo ameaçadora

O PANORAMA POLÍTICO da América Latina comporta riscos e problemas, mas está longe de ser um desastre. Basta lembrar o foco principal de interesse do ano em curso: as eleições no Chile, no Peru, no México, na Colômbia, no Brasil e em outros países. Fala-se da significação das candidaturas, do papel relevante ou secundário dos partidos, dos índices de comparecimento, das campanhas acirradas e às vezes sujas. Em contraposição, não há praticamente quem fale na ameaça de golpes militares. É óbvio que isso não ocorre por acaso. Tomo, como exemplo, três países significativos: Brasil, Argentina e Chile. Neles, há pouco mais de 30 anos, estavam no poder ditaduras militares cujas diferenças podiam ser medidas pelo grau maior ou menor de ferocidade. De lá para cá, em meio às vicissitudes, regimes democráticos foram instituídos e mantiveram-se ao longo do tempo.

Ressalvo que estou falando da "democracia formal" (eleições, liberdade de expressão, rotatividade no poder, separação de Poderes), cujo valor tende a ser esquecido por quem despreza as liberdades ou as considera um dado natural, como o ar que se respira.

Ao avanço democrático, correspondeu o recuo das Forças Armadas para sua área específica de atuação. A emergência das ditaduras, a partir dos anos 60 do século passado, teve muito a ver com o quadro internacional daquele período, caracterizado pela Guerra Fria.

A ameaça de revoluções socialistas ou antiimperialistas, na esteira da Revolução Cubana, levou o governo americano a apoiar golpes militares, que serviam a seus interesses estratégicos. Mas os golpes foram também conseqüência das condições internas de cada país, em cujo caldo fermentaram as Forças Armadas, associadas a elites políticas e empresariais, em nome da hierarquia e da ordem. Hoje, as preocupações são outras e em nenhum dos países mencionados há sintomas de que a corporação militar pretenda voltar à arena política. No caso brasileiro, alguns passos institucionais importantes foram dados, como a criação do Ministério da Defesa, mesmo que seu papel até aqui tenha sido obscurecido. Ao mesmo tempo, vozes da sociedade civil organizada têm contribuído para cortar pela raiz ensaios de medidas autoritárias esboçados nos últimos anos.

Entretanto, esse quadro não nos induz ao otimismo sem qualificações porque há circunstâncias negativas em jogo, nada desprezíveis. Ainda tomando o exemplo brasileiro, assinalo o descrédito gradativo do regime democrático, resultante da desmoralização de partidos e de muitos políticos; o funcionamento precário das instituições; a decepção com os frutos sociais da democracia, neste último caso produto da ilusão de que a democracia daria de tudo a todos.

O descrédito tem sido responsável pela emergência de personagens neopopulistas, não raro de origem militar, cuja inclinação autoritária é evidente. É o caso do coronel Humala, que quase chegou ao poder no Peru, de Evo Morales na Bolívia, com sua especificidade étnica e, principalmente, de Hugo Chávez.

Na presidência da Venezuela, este encarna uma forma aguda de erosão da democracia, por caminho diverso dos golpes militares. Eleito segundo as regras democráticas, o presidente venezuelano vem impondo, passo a passo, um regime autoritário, de que são exemplos as restrições à mídia -a televisão foi alvo recente de suas atitudes intimidadoras -, a intervenção no Poder Judiciário, a militarização da massa de aderentes, a imposição de um currículo escolar baseado nos princípios da chamada revolução bolivariana.

Chávez sustenta também a necessidade de sua sucessiva reeleição, preparando o clima para farsas eleitorais plebiscitárias. É cedo para se dizer quão longe ele irá. Há sintomas de que sua influência na América Latina está declinando, por força da malsucedida tentativa de intrometer-se em assuntos internos de outros países, como se viu no decorrer das campanhas eleitorais do Peru e do México.

Ao mesmo tempo, a entrada da Venezuela no cambaleante Mercosul, bem-vinda em outras circunstâncias, tende a gerar conflitos entre parceiros, mais do que integração, dadas as pretensões à liderança continental do presidente venezuelano. Em resumo, o golpismo tradicional perdeu força e sentido, alguns ventos benignos sopram na América Latina, mas a escalada autoritária, por outras vias, continua sendo ameaçadora.

Esse é o preço que se paga pela perversão dos princípios democráticos e a persistência das gritantes iniqüidades sociais.

BORIS FAUSTO, historiador, é presidente do Conselho Acadêmico do Gacint (Grupo de Conjuntura Internacional da USP). É autor de, entre outras obras, "A Revolução de 30" (Companhia das Letras).

Artigo Publicado na Folha de São Paulo em 10/07/2006

segunda-feira, julho 03, 2006

O Baile francês e a soberba brasileira.

O fracasso do Brasil na copa na verdade não é um fracasso, é apenas uma derrota de uma equipe q não se preparou adequadamente e que subestimou o resto do mundo, achando q iria vencer a competição sem precisar de muito esforço.

1950

O fato é que o ufanismo que ronda a seleção brasileira é algo enojante. Por isso mesmo acontecem coisas inacreditáveis como o Brasil perder uma copa no Maracanã, com 200 mil pessoas para o Uruguai, e de virada. Porque meu Deus? Uma das explicações pode ser o fato de no mesmo dia da final, jornais cariocas já tinham uma foto do time brasileiro com as faixas de campeão, antes do jogo.

Resultado? Uruguai 2 a 1 de virada, 200 mil pessoas chorando no maracanã.

1982

Telê Santana no comando, grandes jogadores como Zico, Sócrates, Oscar, Toninho Cerezo, Falcão, Serginho Chulapa, Junior, etc.

A seleção foi pra copa apenas para trazer a taça e dar espetáculo. Iríamos mostrar ao mundo como se joga o verdadeiro futebol-arte e de quebra trazer o caneco na bagagem.

Só esqueceram-se que o adversário era a Itália, país com mais tradição no futebol do que o Brasil e com uma torcida talvez até mais apaixonada do que a Brasileira. País que mesmo jogando mal, costuma avançar em copas do mundo, país até então Bi campeão mundial.

Resultado? Itália 3 a 2.

Todo mundo se esqueceu que o Brasil de Telê foi lá para dar espetáculo... não para ganhar.

1986

Brasil de Telê.. o Brasil do espetáculo, fomos buscar o tetra no méxico (buscar, não disputá-lo).

Todo mundo se esqueceu que o jogo era contra a atual (na época) campeã européia, a França do craque Michel Platini.

Todo mundo novamente se esqueceu que o Brasil de Telê foi lá para dar espetáculo... não para ganhar.

1990

Maradona cansado e machucado em 1 segundo acabou com o Brasil.

1998

E o fracasso de 1998? Com um time razoável, o Brasil chegou à final com status de favorito. Me lembro de Zagallo contando os jogos (“Só faltam 3... só faltam 2... agora só falta mais 1 jogo), como se não houvesse disputa, como se apenas para o Brasil fosse preciso entrar em campo e levar a taça.

Após uma vitória nos pênaltis contra o bom time da Holanda na “final antecipada”, o Brasil já se considerava campeão, esquecendo-se que iria pegar o ótimo time da França, que jogava em casa e tinha talvez sua melhor geração no futebol em muitos anos.

Resultado? França 3 a 0.

Qual a desculpa do Brasileiro? A convulsão de Ronaldo... foi comprado... o Brasil entregou... se jogar mais 10 vezes, o Brasil ganha 11... não vi ninguém dizer a verdade, a França mereceu.

Enquanto a comoção brasileira com Ronaldo, a festa da rede globo na busca por notícias e aquele carnaval acontecia dentro da concentração brasileira, a França trancou-se na concentração e não deu sequer 1 entrevista no dia da final.

2006

Time armado errado, bolhas no pé de Ronaldo, Brasil X Bar da esquina (amistoso de “preparação”), jogadores perambulando pela noite suíça, Globo Repórter gravado DENTRO da concentração brasileira, Ronaldo 10 kg acima do peso, Ronaldo buscando recorde, Cafu buscando recorde, Ronaldinho Gaúcho buscando mostrar porque ele foi eleito o melhor do mundo, Rede Globo (mais uma vez) com livre acesso aos bastidores, o ufanismo descontrolado, mongolóide e imbecil de Galvão Bueno, Fátima Bernardes e toda a maioria da imprensa medíocre Brasileira.

Alguém estava pensando em ganhar a copa? Alguém se preparou pra isso?

Sim... a França, a Itália (que exemplo), Portugal e, principalmente; a Alemanha.

O pior de tudo é ver pessoas chorando como crianças, iludidas por essa farsa que a imprensa brasileira cria, ninguém vê as falhas, ninguém diz o q está errado, ninguém tem coragem de peitar.... que imprensa é essa?

Realmente é muito fácil ser jornalista...

Fracasso não foi a derrota de sábado, fracasso é a fome, fracasso é a escalada de corrupção presente neste país desde que ele existe, é o monte de problemas existentes nesse país.

Fracasso é ver o quanto o povo brasileiro é dominado por uma mídia rasteira, pobre, podre, corrupta, mentirosa e manipulada. O tamanho do poder que jornalistas mal formados, mal informados e mal intencionados tem sobre um povo do tamanho do nosso.

Isso, além de ser fracasso, me assusta.

terça-feira, junho 20, 2006

Privatizações

Bolívia vai estatizar energia, ferrovias e telecomunicação

SÃO PAULO - O governo boliviano anunciou ontem que vai assumir o controle de empresas dos setores de energia, telecomunicações e ferroviário no país, assim como fez no setor de gás e petróleo. A decisão afeta grupos da Itália, do Chile e dos EUA, que controlam as empresas, além de investidores bolivianos. Não foram dados detalhes de como será o processo de estatização.O governo não deu uma data para efetivar a " bolivianização " , termo usado pelo ministro do Planejamento, Carlos Villegas. Disse apenas que iria estudar o modo de encampar as ações necessárias para assumir o controle das empresas, que haviam sido privatizadas nos anos 90. Segundo o ministro, formas " não onerosas ao Tesouro " serão usadas nesse processo. " O importante é que teremos 51% das ações em favor do Estado. "

No setor de telecomunicações, será estatizada a maior empresa do país, a Entel (Empresa Nacional de Telecomunicaciones), controlada pela Telecom Italia. No setor elétrico, a Corani, controlada pela americana Duke, a Guaracachi, de capital britânico, e a Valle Hermoso, controlada por investidores bolivianos. Essas três empresas respondem por 60% da geração de eletricidade no país. E no setor de ferrovias, serão estatizadas a Andina, controlada por capital chileno, e a Oriental, da americana Genesee & Wyoming, o que inclui a linha ferroviária que liga Santa Cruz, a principal cidade boliviana, ao Brasil.

Essas empresas terão 48% de suas ações, atualmente administradas por fundos de pensão locais, revertidas para o Estado. " Vamos comprar mais ações, 2% ou 3%, para que tenhamos 51% de todas as empresas " , disse o ministro. Entretanto, ele acrescentou que essa compra seria feita de modo a não criar " uma carga onerosa " ao Tesouro boliviano. Não está claro o que isso significa. Villegas afirmou que o mesmo método usado para nacionalizar as empresas petrolíferas Andina, Chaco e Transredes deve ser usado. Se ele repetir o que fez no setor de gás e petróleo, isso significaria a tomada do controle antes, com a nomeação de diretores e funcionários-chave, e negociação quanto ao preço depois. Nenhuma das empresas afetadas pelas medidas quis se manifestar antes de " tomar conhecimento dos detalhes do plano do governo " , segundo porta-vozes. O governo afirmou que o plano de " bolivianização " dos setores estratégicos não inclui o Lloyd Aéreo Boliviano (LAB), empresa que tem dívidas de mais de US$ 170 milhões e que atravessa atualmente uma grave crise financeira.

Todas as medidas anunciadas fazem parte do Plano Nacional de Desenvolvimento 2006-2010, apresentado em linhas gerais na sexta-feira pelas autoridades bolivianas. Com o plano, o governo socialista do presidente Evo Morales se compromete a criar 100 mil novos empregos por ano, a alfabetizar 1,3 milhão de bolivianos também por ano e a lançar o programa " hambre cero " (fome zero). Lideranças empresariais criticaram o plano dizendo que ele não detalha como colocará em prática medidas de tão difícil alcance.A factibilidade de qualquer plano do governo depende, no entanto, do resultado da eleição da nova Assembléia Constituinte, no dia 2 de julho próximo. (1)

Seria essa uma saída? Reestatizar?

Para muitos isso soa como retrocesso, mas qual o retrocesso maior do q a fome, o analfabetismo, a violência e a falta de perspectiva?

A Bolívia é o país mais pobre da AL, e provavelmente as privatizações por lá foram feitas mais ou menos do mesmo jeito do q aqui no nosso Brasil.

Sei que muita gente não lembra, inclusive a cambada de ignorantes q hj xinga Lula sem ter idéia do q fala, mas as privatizações do governo Fernando Henrique foram uma das coisas mais vergonhosas da história de nosso país.

Verdadeiras potências como a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional e outras não menos importantes como a Telesp, a Telebrás, o Banespa, a Embratel, Telemig e a Telebahia; foram dadas a "investidores" quase q de graça, pois todas elas tiveram somente a parte lucrativa vendida, algumas como a Companhia Siderúrgica Nacional, foi vendida com um total de 150 milhões de dólares em caixa... qual o preço dela? 300 milhões de dólares. Isso sem contar q após a conclusão da privatização, o Governo FHC autorizou o BNDES a emprestar mais dinheiro para investimentos.

Onde estariam, pois, as vantagens da liquidação apressada e considerada até irresponsável do patrimônio do povo brasileiro?

"Entre 1995 e 1997, a Telebrás obteve, junto ao BNDES, um total de 3,2 bilhões de dólares, a fim de zerar as suas obrigações financeiras, na fase de apronto para a privatização, concluída em 1998. Depois de transferidas as suas empresas para o capital estrangeiro, o BNDES concedeu-lhes mais 3,2 bilhões para investimentos na expansão do sistema de telefonia." (2) Ou seja... foi vendida sem dívidas e os "investidores" ainda obtiveram mais 3,2 bilhões de dólares (BILHÕES DE DÓLARES!) para investir após terem comprado a empresa.

"Doze das atuais controladoras do setor elétrico e 13 do setor de telecomunicações obtiveram 7 bilhões de dólares para aquisição de outras unidades de ambos os setores. Os compradores das teles, das hidrelétricas até aqui privatizadas (diga-se internacionalizadas) e do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), vendido recentemente ao Santander por pouco mais de 3 bilhões de dólares, aí incluído o tal do ágio, vão receber de volta um bolo de mais de 6 bilhões de dolares de imposto de renda sobre o ágio que a União obteve nos leilões." (2)

Vamos falar sobre "investidores", em sua maioria parentes ou amigos de pessoas do alto escalão do governo daquela época, genros de FHC ganharam sua parte tb, procure saber onde eles trabalham e vc terá a sua resposta. Empresas q fizeram doações vultosas à campanha de FHC para a reeleição (Outro episódio vergonhoso, mas que ninguém lembra), tb tiveram MUITA sorte nos leilões mais vantajosos das Privatizações.

E o pior de tudo, toda a parte podre de todas as estatais q foram dadas de graça pelo GOVERNO DO PSDB ficou para os cofres do próprio governo pagar, ou seja nós. Não é à toa que durante o governo FHC, a dívida pública brasileira deu um salto de 300 % somente nos últimos 4 anos de mandato. Além de enganar o povo brasileiro, o governo do PSDB, que tanto fala em trabalho e contas enxutas, arregaçou com os cofres do Brasil.

Mas o q mais me deixa revoltado é ver esse bando de gente q fez tudo isso com o "nosso" país pregando a moralidade, a honestidade, o trabalho e querendo o seu voto de novo.

(1) Publicado no Jornal Valor Econômico de 20/06/2006
(2) Artigo de Alvaro de Queiróz, publicado na Folha de São Paulo em 2001.